Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

por Andreia Martins, Inês Moreira Santos - RTP

A última madrugada voltou a ser de ataques de Israel contra alvos do Hezbollah em Beirute. As explosões começaram pouco depois dos militares israelitas terem emitido um novo alerta para que os residentes saíssem da região. Telavive continua a combater nas frentes no Líbano, Gaza e Cisjordânia. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.


Foto: Reuters

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Hezbollah diz ter repelido uma tentativa de "infiltração terrestre" de Israel no Líbano

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Explosões em Beirute

Várias explosões foram registadas esta noite na capital do Líbano.

Uma hora antes, as forças de defesa de Israel, tinham avisado as populações que habitam na zona sul de Beirute para abandonarem o local.

O primeiro-ministro israelita insiste que Israel vai responder aos ataques iranianos e contesta a proposta de embargo à venda de armas a Israel, feita pelo Presidente francês e por países francófonos.

Benjamin Netanyahy insiste que Israel está a travar uma guerra em várias frentes contra organizações apoiadas pelo Irão, o inimigo declarado de Telavive, e alega que o exército israelita está a lutar "pela paz e segurança no mundo".

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Médio Oriente. Aguarda-se a resposta de Israel ao Irão

Depois do ataque na passada semana, a dúvida permanece sobre como Israel irá responder, entre uma escalada no conflito.

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Centenas de pessoas manifestaram-se em Jerusalém contra política de Netanyahu

A assinalar um ano sobre os atentados de 7 de outubro, centenas de pessoas manifestaram-se em Jerusalém. Um ajuntamento menor do que o habitual mas que mesmo assim serviu para protestar contra a política seguida pelo governo de Benjamin Netanyahu.

Exigem um acordo de cessar-fogo que permita a libertação dos 101 reféns que continuam na Faixa de Gaza.
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Exército israelita destruiu "grande parte" do arsenal do Hezbollah no Líbano, diz Netanyahu

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou este sábado que o exército israelita conseguiu destruir "uma grande parte" do arsenal do Hezbollah no Líbano.

“Destruímos grande parte do arsenal de mísseis e rockets que o Hezbollah construiu ao longo dos anos”, disse Netanyahu num discurso televisivo.

Acrescentou ainda que, com a ofensiva terrestre no sul do Líbano, em curso desde a última segunda-feira, Israel conseguiu mudar "o rumo da guerra".
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Israel sob alerta em véspera do aniversário do 7 de Outubro

O porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, adiantou este sábado que os militares israelitas estão sob alerta, quando faltam dois dias para o primeiro aniversário do ataque do Hamas, a 7 de Outubro.

"Esta semana assinala-se o aniversário desde o início da guerra e o 7 de Outubro. Estamos prontos para aumentar as nossas forças destacadas na antecipação a este dia", adiantou numa declaração transmitida pela televisão israelita.
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Confrontos com a polícia em manifestação pró-Palestina em Roma

O protesto reuniu cerca de sete mil pessoas na capital italiana e começou de forma pacífica. No entanto, a polícia italiana acabou por lançar gás-lacrimogéneo e usar canhões de água ou mesmo bastões para dispersar manifestantes violentos.

Alguns deles tinham o rosto coberto e lançaram garrafas, petardos e pedras contra os agentes.

Pelo menos uma jovem ficou ferida, avança a agência ANSA.
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Chefe do Comando Central dos EUA em Israel para apoiar retaliação ao Irão

De acordo com o jornal israelita Haaretz, o chefe do Comando Central dos Estados Unidos, general Michael Erik Kurilla, chegou este sábado a Israel para participar na coordenação da resposta de Telavive ao ataque do Irão, na última terça-feira.

Israel tem vindo a afirmar que está a preparar uma resposta “séria e significativa” ao ataque iraniano desta semana, em que foram lançados cerca de 180 mísseis balísticos sobre território israelita.

Este ataque levou a que milhares de pessoas tivessem de procurar abrigo e fez disparar as sirenes antiaéreas. Devido à proteção da Cúpula de Ferro, grande parte dos mísseis foi neutralizada.
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Israel vai continuar a atacar o Hezbollah "sem tréguas", diz o chefe do Exército

O chefe do Estado-Maior do exército israelita afirmou este sábado que as forças israelitas vão continuar a atacar "sem tréguas" o grupo Hezbollah no Líbano. "Vamos continuar a pressionar o Hezbollah e a infligir danos adicionais ao inimigo, sem concessões e sem tréguas", afirmou o general Herzi Halevi.
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Ataque israelita mata dois membros do Hamas no Líbano

Ataques israelitas mataram este sábado dois elementos do Hamas, anunciaram o grupo militante e as forças de defesa israelitas. Segundo o Hamas, um ataque de Israel a um campo de refugiados no norte do Líbano matou Saeed Atallah Ali e a sua família.

A organização adianta que o bombardeamento atingiu a casa de Saeed Atallah Ali no campo de refugiados palestinianos de Beddawi, a norte da cidade de Tripoli. Segundo a agência France Presse, trata-se do primeiro ataque visando o norte do Líbano desde a escalada com o Hezbollah.
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por Lusa

Ataque com rockets no norte de Israel faz três feridos

Vários rockets atingiram este sábado um edifício na localidade árabe de Deir al Asad, a 20 quilómetros da fronteira norte de Israel, provocando três feridos ligeiros, segundo o diário The Times of Israel.

Até agora este ataque em particular não foi reivindicado, mas as milícias pró-iranianas do Iraque reivindicaram ter atacado "três objetivos vitais" no norte, sem detalhar o local.

As equipas de emergência indicaram que estão a tratar "10 pessoas com sintomas de ansiedade" e três feridos foram transportados para o Centro Médico da Galileia.

Pelo menos um projétil atingiu o último andar de um edifício aparentemente residencial de Deir al Asad, segundo vídeos gravados por civis que mostram estragos no telhado.

Hoje de manhã, as sirenes antiaéreas soaram mais de 10 vezes no norte de Israel e na cidade portuária de Haifa, a terceira maior do país.

"Após as sirenes que soaram nas áreas da baía de Haifa, Carmel e HaAmakim foram identificados dois projéteis que atravessavam o Líbano para território israelita", informou o exército. Um dos projéteis foi intercetado e outro caiu em espaço aberto.

Pouco antes, tinha sido intercetado um outro projétil que chegou a território israelita pela zona de Adamit, no noroeste do país.

Na sexta-feira dois soldados israelitas morreram e 24 ficaram feridos no norte de Israel num ataque com um `drone`, reivindicado por milícias pró-iranianas do Iraque.

Os ataques na fronteira de Israel com o Líbano têm aumentado nas últimas semanas em resposta às operações militares israelitas no país vizinho, com bombardeamentos constantes no sul, no vale de Bekaa e na capital, Beirute.

Desde o início da ofensiva no Líbano, que Israel diz ter como alvo posições do movimento pró-iraniano Hezbollah, já foram mortas quase 2.000 pessoas e 1,2 milhões foram obrigadas a abandonar as suas casas.
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Hezbollah "perdeu" o contacto com Hashem Safieddine

Uma fonte do grupo xiita indicou à agência France Presse que "o contacto com Safieddine se perdeu desde os violentos ataques nos subúrbios de Beirute" na sexta-feira.

Uma segunda fonte próxima da organização adiantou que o Hezbollah “está a tentar chegar ao quartel-general que foi atacado (...), mas Israel está sistematicamente a realizar novos ataques para tentar impedir quaisquer esforços das equipas de resgate”.

Hashem Safieddine é apontado como o possível substituto de Hassan Nasrallah como líder do Hezbollah.
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Líbano enfrenta "crise terrível", diz Alto Comissário da ONU para os Refugiados na chegada a Beirute

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, afirmou este sábado que o Líbano está a atravessar “uma terrível crise”. O responsável chegou este sábado a Beirute.

"Acabo de aterrar em Beirute, numa altura em que o Líbano enfrenta uma crise terrível. Centenas de milhares de pessoas ficaram na miséria ou foram deslocadas pelos ataques aéreos israelitas", afirmou na rede social X.

Numa publicação acompanhada por uma fotografia, acrescentou ainda que fez esta viagem "em solidariedade com as pessoas afetadas, para apoiar o esforço humanitário e para pedir mais ajuda internacional".
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ACNUR deixa alerta: Líbano enfrenta uma “crise terrível”

O responsável das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, em visita de “solidariedade” a Beirute, disse este sábado que o Líbano, que tem sido alvo de bombardeamentos israelitas, atravessa “uma terrível crise”.
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Milhares de pessoas marcham em Londres em apoio a Gaza

Milhares de londrinos e figuras políticas marcharam na capital britânica este sábado, durante um comício pró-Gaza que marcou o primeiro aniversário do conflito entre Israel e o movimento islâmico palestiniano Hamas. À frente do protesto estavam o ex-líder trabalhista Jeremy Corbyn e o ex-primeiro-ministro escocês Humza Yousaf.
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Macron pede suspensão da entrega de armas usadas em Gaza por Israel

O presidente francês manifestou ser a favor da suspensão das entregas de armas a Israel que são utilizadas no conflito em Gaza.

“Penso que hoje a prioridade é que voltemos a uma solução política, que deixemos de entregar armas para levar a cabo os combates em Gaza”, declarou à rádio France Inter. “A França não entrega nenhuma”.
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Ataque israelita mata dois membros do Hamas em ataque no Líbano

Ataques israelitas mataram este sábado dois elementos do Hamas, anunciou o grupo militante e as forças de defesa israelitas. Segundo o Hamas, um ataque de Israel a um campo de refugiados no norte do Líbano matou Saeed Atallah Ali e a sua família.

Também as Forças de Defesa de Israel (IDF) e a Autoridade de Segurança de Israel (ISA) emitiram um comunicado conjunto, no qual anunciam ter "eliminado dois terroristas de topo da ala militar do Hamas no Líbano".

"No início do dia de hoje, numa operação conjunta das IDF e da ISA, a IAF (Força Aérea Israelita) atingiu e eliminou o terrorista Muhammad Hussein Ali al-Mahmoud, que era a autoridade executiva do Hamas no Líbano e dirigia as atividades terroristas na Judeia e na Samaria", designação israelita para Cisjordânia, indica o comunicado.
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Milícias pró-Irão atacam base dos EUA na Síria

Milícias pró-iranianas atacaram na sexta-feira à noite uma base militar norte-americana em Deir Ezzor, no leste da Síria, com recurso a `rockets` e `drones`, anunciou hoje o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. O ataque foi lançado contra uma base situada junto ao campo de gás natural de Conoco, em Al Ezba, e provocou "explosões violentas", segundo a mesma fonte.
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Tensão em Israel. Haifa alvo de ataques do Hezbollah

A cidade israelita de Haifa tem sido alvo dos ataques do Hezbollah nas últimas horas. A situação está a ser acompanhada por Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, os enviados especiais da RTP em Israel.

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Israel prossegue os bombardeamentos contra o Líbano

Os enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Sérgio Ramos, acompanham a ofensiva israelita no Líbano.

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Ofensiva no Líbano. Conflito provoca fuga de 200 mil pessoas, diz a ONU

Voltou a ser uma madrugada de ataques israelitas no Líbano. Pelo menos quatro pessoas, incluindo duas crianças, morreram no bombardeamento de um campo de refugiados no norte do país.

As Nações Unidas dizem que o número de civis mortos é "inaceitável".
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Israel "prepara resposta" ao ataque iraniano

O exército israelita está “a preparar uma resposta” ao ataque massivo do Irão, que lançou cerca de 200 mísseis contra o território israelita na terça-feira, segundo um oficial militar disse à AFP. 

“O exército israelita está a preparar uma resposta ao ataque ilegal e sem precedentes do Irão contra civis israelitas e Israel”, disse um oficial militar israelita à AFP sob condição de anonimato, sem mais detalhes.
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Israel apela à retirada de civis em Gaza

O exército israelita apelou à retirada de população de uma zona no centro da Faixa de Gaza, indicando que se prepara para agir “com força” contra os combatentes do movimento islâmico palestiniano Hamas nesta região.

Este apelo à evacuação é o primeiro feito em semanas em Gaza, tendo o exército israelita concentrado, nos últimos dias, o combate contra o movimento islâmico Hezbollah no Líbano.

“O Hamas e as organizações terroristas continuam as suas atividades na região e, portanto, o exército israelita agirá com força contra estes elementos”, lê-se na declaração emitida pelo exército, acompanhada de um mapa indicando os bairros a serem evacuados.
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Trudeau pede aos canadianos no Líbano que saiam "enquanto podem"

O primeiro-ministro canandiano, Justin Trudeau, pediu este sábado aos cidadãos que deixem o Líbano "enquanto podem".

“Encorajamos todos os canadianos que estão no Líbano a ocuparem lugares nestes aviões e a saírem do Líbano enquanto podem”, disse Trudeau durante uma conferência de imprensa em Paris, onde participa na cimeira da Francofonia.

“Ainda há lugares nos aviões que foram organizados pelo Canadá com empresas comerciais”, esclareceu, ao mesmo tempo que apelou à “proteção da infra-estrutura civil libanesa”, em particular o porto e o aeroporto de Beirute.

"Apesar de estarmos fazendo tudo o que podemos para evitar que as coisas piorem, a realidade é que se as coisas começarem a piorar, será extremamente difícil para os canadianos que permanecem no Líbano, mas também para todos os libaneses", acrescentou.
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Finul mantém posições apesar de Israel ter pedido para deslocar algumas

A Força Interina das Nações Unidas np Líbano (FINUL), destacada ao longo da fronteira entre Israel e o país, anunciou hoje que “mantém as suas posições”, apesar do pedido do Exército israelita para “deslocar algumas” dessas posições. Em comunicado, a FINUL afirma que o Exército israelita lhe pediu, em 30 de setembro, “para retirar as forças de manutenção da paz de algumas das suas posições”, informando-o “da sua intenção de realizar incursões terrestres limitadas" no Líbano. “No entanto, as forças de manutenção da paz estão a manter a sua presença em todos os locais”, acrescentou.
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Novo balanço do Hamas aponta para 41.825 mortos na Faixa de Gaza

O Ministério da Saúde do Governo do Hamas, o movimento islamita no poder na Faixa de Gaza, anunciou hoje um novo balanço de 41.825 mortos no território palestiniano desde o início da guerra com Israel, há quase um ano. Pelo menos 23 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas, indicou em comunicado, acrescentando que 96.910 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
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Guterres banido. MNE considera decisão "altamente censurável"

O ministro dos Negócios Estrangeiros considera "altamente censurável" a decisão de Israel proibir o secretário-geral das Nações Unidas de entrar no país. Paulo Rangel diz que o papel de António Guterres é mais necessário do que nunca e espera que o Governo de Netanyahu recue.

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Biden avisa Israel sobre ataque ao Irão

O presidente dos Estados Unidos desaconselha Israel a atacar instalações petrolíferas do Irão. Joe Biden diz que, se estivesse no lugar do Governo israelita, pensaria noutras opções.

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Quinta noite de bombardeamentos no Líbano

A noite e o amanhecer voltaram a ser de ataques de Israel ontra alvos do Hezbollah em Beirute. As explosões começaram pouco depois dos militares israelitas terem emitido um novo alerta para que os residentes saíssem da área.
A incursão terrestre também continua. E a Força de Paz da ONU assegurou, ontem, que mantém as posições, apesar de um pedido do exército israelita para deslocar parte dos capacetes azuis.
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Guerra no Médio Oriente. Um ano de conflito em números

Amr Abdallah Dalsh - Reuters

Em 07 de outubro de 2023, o movimento islamita palestiniano Hamas coordenou um ataque sem precedentes em Israel, desencadeando uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza que já se estendeu ao Líbano.

Na madrugada daquele dia, um sábado, cerca de mil militantes do braço militar do Hamas -- as Brigadas al-Qassam -- e pelo menos quatro outros grupos armados palestinianos realizaram a operação `Tempestade de Al-aqsa`, na região sul de Israel que faz fronteira com a Faixa de Gaza.

Segundo um relatório da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, os militantes realizaram vários ataques contra bases militares israelitas, comunidades residenciais civis -- pelo menos 19 `kibutz` e cinco `moshavim` (comunidades residenciais civis), as cidades de Sderot e Ofakim, dois festivais de música -- incluindo o Nova -- e uma festa na praia. Os combates prolongaram-se durante quase todo o dia e, em alguns casos, duraram ainda mais tempo.

No mesmo dia, Israel declarou guerra contra o Hamas e bombardeou o enclave palestiniano, iniciando cerca de três semanas depois uma ofensiva terrestre.

+++ Mortos no ataque +++

Segundo dados oficiais israelitas, 1.139 pessoas morreram durante o ataque do Hamas: 695 civis israelitas, incluindo 36 crianças, 373 elementos das forças de segurança e 71 estrangeiros.

+++ Reféns feitos pelo Hamas em 07 de outubro +++

Os militantes do Hamas e de outras fações palestinianas fizeram naquele dia 251 reféns, civis e militares.

Atualmente, permanecem retidos 97 reféns, incluindo 33 declarados mortos pelo exército israelita. Há ainda mais quatro reféns, raptados antes de 07 de outubro.

Até final de agosto, um total de 117 reféns tinham sido libertados -- a grande maioria (105) durante a única trégua desde o início dos combates, no final de novembro.

Segundo a AFP, que fez um levantamento com base em dados oficiais, metade dos reféns mortos (35 em 70) já tinham morrido durante o ataque do Hamas e foram levados para Gaza -- é o caso, nomeadamente, dos corpos de 10 soldados.

Outros 35 reféns morreram em Gaza. Três deles foram mortos a tiro por engano pelo exército israelita em 15 de dezembro de 2023.

 

+++ Mortos, feridos e desaparecidos +++

Pelo menos 41.822 pessoas morreram e 96.844 ficaram feridas na sequência dos ataques israelitas na Faixa de Gaza, até esta sexta-feira, segundo o Ministério da Saúde do governo controlado pelo Hamas, números considerados fiáveis pelas Nações Unidas.

As autoridades de Gaza não distinguem entre mortos civis e militantes, mas cerca de 11 mil crianças e 6 mil mulheres terão morrido. Há ainda mais de 10 mil desaparecidos.

Do lado israelita, as autoridades dão conta de mais de 1.200 mortos e 5.400 feridos em Israel.

Em Gaza, 346 militares israelitas morreram e 2.297 ficaram feridos.

+++ Mortos na Cisjordânia +++

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), entre 07 de outubro e 23 de setembro, 693 palestinianos morreram na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Leste, região que vive um aumento da violência desde 07 de outubro.

A Unicef confirmou que mais de 150 crianças morreram na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Leste, no mesmo período.

+++ Deslocados +++

Segundo a agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNWRA), 1,9 milhões de pessoas (de uma população total de 2,2 milhões) foram deslocadas internamente no enclave palestiniano (365 quilómetros quadrados). Em alguns casos, pessoas chegam a ser deslocadas dez vezes dentro do território.

+++ Instalações destruídas +++

Mais de metade dos hospitais (19) da Faixa de Gaza está fora de serviço.

A ONU indica que todos os hospitais no enclave foram afetados e nenhum permanece completamente funcional.

Em 11 de setembro, 17 hospitais permaneciam parcialmente funcionais (três no norte de Gaza, sete em Gaza, três em Deir al Balah, quatro em Khan Yunis).

Apenas 1.500 camas de hospital estão operacionais, comparando com 3.500 camas em 2023, mesmo assim muito abaixo das necessidades da população.

As forças israelitas tinham feito 492 ataques contra infraestruturas de saúde até 19 de setembro. As Nações Unidas dão conta de 190 instalações danificadas e 130 ambulâncias destruídas.

++ Cerca de 85.000 toneladas de explosivos lançados em Gaza ++

Cerca de 85.000 toneladas de explosivos foram lançadas em Gaza por terra, mar e ar nestes últimos meses de guerra, deixando pelo menos 80.000 casas inabitáveis, 125 escolas e universidades completamente destruídas e mais de 600 mesquitas desmoronadas.

As Nações Unidas estimam que o volume de escombros acumulados em Gaza é 14 vezes superior à soma dos escombros gerados em todos os conflitos desde 2008, atingindo quase 42 milhões de metros cúbicos.

A reconstrução da Faixa de Gaza custaria entre 30 e 40 mil milhões de dólares (27 e 36 mil milhões de euros) e exigiria um esforço sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial.

+++ Pessoal médico e humanitário morto +++

Mais de 280 trabalhadores humanitários mortos, dos quais pelo menos 222 funcionários da UNRWA.

Quanto a pessoal médico, as Nações Unidas dão conta de mais de 885 funcionários mortos até 24 de setembro, incluindo médicos, enfermeiros, paramédicos e outros trabalhadores.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, até àquela data tinham ocorrido 1.043 ataques contra infraestruturas de saúde na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Leste desde 07 de outubro passado.

+++ Jornalistas mortos +++

Segundo a organização Repórteres sem Fronteiras, mais de 130 jornalistas foram mortos por ataques israelitas desde o início desta ofensiva, incluindo pelo menos 32 no exercício das suas funções.

+++ Condições de vida +++

Dois terços dos edifícios em Gaza (ou seja, 163.778 estruturas) sofreram danos em quase um ano de conflito, segundo o mais recente levantamento do Centro de Satélites das Nações Unidas (UNOSAT), conhecido na terça-feira.

Mais de um terço destas estruturas, num total de 52.564, foram totalmente destruídas e 18.913 foram gravemente danificadas, indicou a UNOSAT na sua nona avaliação por satélite da situação em Gaza, com base em imagens captadas de 03 a 06 de setembro.

A província de Gaza (no norte da Faixa de Gaza e onde se situa a capital do território) é a zona mais afetada pelo conflito, com 46.370 estruturas afetadas e 36.611 destruídas, acrescentou a UNOSAT.

De acordo com a OCHA, 495 mil pessoas - perto de um quarto da população - em Gaza estão a enfrentar "níveis catastróficos de insegurança alimentar".

Um total de 229 pacientes críticos foram retirados do enclave.

+++ Educação +++

A totalidade dos alunos está sem acesso a educação formal.

Mais de 10.300 estudantes e 416 funcionários do setor de educação mortos (até 24 de setembro)

Cerca de 90% das escolas em Gaza estão destruídas (290 em 309 escolas), segundo o ministro da Educação palestiniano -- dos estabelecimentos afetados, um terço são da UNRWA.

+++ Economia afunda-se +++

A agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) indica que a economia no enclave palestiniano -- mas também na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental -- se afundou desde o início do conflito.

No início deste ano, 80-90% dos ativos agrícolas de Gaza, incluindo sistemas de risco, explorações pecuárias, pomares, bem como maquinaria e instalações de armazenamento, já tinham sido destruídos, com a consequente paragem na produção de alimentos.

Por outro lado, 82% das empresas privadas da Faixa de Gaza foram danificadas ou destruídas.

No período entre 7 de outubro e o final de 2023, o PIB de Gaza caiu 81% e, em meados deste ano, a economia do território estava apenas a um sexto do seu nível de 2022.

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Quatro mortos em ataque israelita contra norte do Líbano

Pelo menos quatro pessoas, incluindo duas crianças, morreram no campo de refugiados de Beddaoui esta madrugada, no primeiro ataque do exército israelita contra o norte do Líbano desde o início do conflito. De acordo com o canal de televisão libanês Al Manar, o bombardeamento das Forças de Defesa de Israel, dirigido contra um edifício de habitação, deixou a casa completamente queimada e provocou ainda vários feridos.
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EUA e Reino Unido em alerta para aniversário de ataque do Hamas

A polícia de Londres e a polícia de investigação dos Estados Unidos alertaram para possíveis protestos e atos violentos este fim de semana, com o aproximar do primeiro aniversário do ataque do Hamas contra Israel.
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Trump diz que Israel deve atacar instalações nucleares do Irão

O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos afirmou que Israel deve atacar as instalações nucleares do Irão, em retaliação contra o lançamento de cerca de 200 mísseis contra solo israelita. Falando na Carolina do Norte (sudeste), na sexta-feira à noite, Donald Trump referiu uma questão colocada ao presidente Joe Biden, na quarta-feira, sobre a possibilidade de Israel ter como alvo as instalações nucleares iranianas.

"Fizeram-lhe esta pergunta, a resposta deveria ter sido `atacar primeiro a energia nuclear e preocupar-se com o resto depois`", disse Trump. "Mas veremos quais são os seus planos".

"É o maior risco que temos, as armas nucleares, o poder das armas nucleares e o poder das armas", por isso, "temos de estar total e absolutamente preparados", afirmou Trump.

Recorde-se que, na quarta-feira, o líder norte-americano afirmou opor-se a ataques israelitas contra instalações nucleares iranianas. E na sexta-feira, Biden reforçou que Israel deveria também "considerar outras opções" que não atacar instalações petrolíferas no Irão.
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Explosões no sul de Beirute ao início da manhã

Uma série de explosões foram ouvidas esta manhã nos subúrbios a sul de Beirute, depois do exército israelita ter emitido ordens de evacuação para vários subúrbios da capital do Líbano. As Forças de Defesa de Israel tinham emitido de madrugada um novo aviso a ordenar a retirada dos residentes de alguns edifícios no sul de da capital libanesa e daqueles localizados num raio de 500 metros.

Também esta manhã, o Hezbollah afirmou estar envolvido em confrontos com as tropas israelitas na fronteira entre o sul do Líbano e o norte Israel.

"Os soldados israelitas inimigos tentaram novamente avançar em direção aos arredores da aldeia do município de Adaysseh" e "os confrontos continuam", afirmou o grupo em comunicado.

C/Lusa
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